SAÚDE DO IDOSO NA APS

O Programa Estadual de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa visa nortear as ações de atenção integral à saúde da população idosa acima de 60 anos no Espírito Santo, baseando-se na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – PNSPI, definida através da Portaria de n 2528/GM de 19 de outubro de 2006. Sua finalidade primordial é promover, manter e recuperar a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde, de forma a alcançar como meta, a atenção à saúde adequada e digna para os idosos brasileiros, centrada na capacidade funcional, que é definida “como a manutenção plena das habilidades físicas e mentais desenvolvidas ao longo da vida, necessárias e suficientes para uma vida independente e autônoma” (Neri, 2001).

A PNSPI tem como diretrizes:

  1.  Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável;
    II.  Atenção Integral, Integrada à Saúde da Pessoa Idosa;
    III. Estimulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção;
    IV.  Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa;
    V.   Estimulo à participação e ao fortalecimento do controle social;

O Brasil possui a quinta maior população idosa do mundo, com cerca de 28 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. O Espírito Santo possui uma população de 470.800 (IBGE-2010).

Segundo Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2019-IBGE, somos a segunda maior expectativa de vida ao nascer do Brasil, para ambos os sexos, com valores iguais ou acima de 78,0 anos (a primeira foi para o Estado de Santa Catarina, 79,9 anos) sendo assim, 1,4 anos acima da média nacional que foi de 76,6 anos.

Nesse grupo, o que mais expressivamente cresce são os idosos longevos, que vivem 80 anos ou mais. De acordo com as estimativas, em 2030, o número de brasileiros com 60 anos ou mais ultrapassará o de crianças de 0 a 14 anos de idade.

O envelhecimento saudável é essencial para manter a capacidade funcional do indivíduo e permitir o bem-estar em idade avançada. Por isso, propomos um conjunto de ações que abrange desde o estímulo à prática de exercícios físicos e alimentação saudável até o reforço na atenção básica, com a oferta de vacinas, caderneta de saúde do idoso e identificação precoce de doenças como hipertensão e diabetes. O conceito de “doença única” não se aplica aos idosos, pois estes costumam apresentar somatória de sinais e sintomas, resultados de várias doenças concomitantes adquiridas ao longo da vida. Por isso é necessário ter uma avaliação global e multiprofissional.

 

Caderneta de Saúde do Idoso

Considerando que a política de saúde da pessoa idosa deve trabalhar com o paradigma “Capacidade Funcional, faz necessário a organização dos serviços, olhando para além das doenças, buscando a compreensão dos aspectos funcionais do indivíduo que envelhece, bem como suas condições socioeconômicas e sua capacidade de autocuidado.

Nesse sentido, de acordo com o novo paradigma da atenção à saúde da pessoa idosa, a organização do cuidado integral a essa população, deve ser estruturado a partir de uma avaliação multidimensional, que envolva as dimensões clínicas, psicossociais e funcionais.

Um dos instrumentos que permite a realização da avaliação multidimensional é a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. Ela tem por objetivo qualificar a atenção ofertada às pessoas idosas. Estas cadernetas foram reproduzidas pela Secretaria de Estado da Saúde, e estão sendo distribuídas para todos os municípios que fizeram solicitação antecipadamente. Até a presente data, são 63 municipios solicitantes. Temos meta de entregar nas 78 cidades.

O documento, que está em sua quinta edição, sendo importante para o registro das informações individuais de cada paciente pelos profissionais de saúde, que poderão, assim, estratificar os idosos, e montar um plano de atendimento específico e contínuo para cada idoso atendido no Sistema Único de Saúde (SUS).

Vacina para Idosos

O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), oferece pelo calendário nacional de vacinação cinco tipos de vacinas para a população idosa: Hepatite B, Febre Amarela, DT (difteria e tétano), Influenza e Pneumocócica. A pneumocócica, que protege contra pneumonia, é ofertada para pessoas de 60 anos e mais que vivem em instituições fechadas, como casas geriátricas, hospitais, ILPI ou casas de repouso.

 Informações de Contato

  •  Referência Técnica

Lucimar Ventorin Hamsi

  • Área Técnica

Andrey Luis Mozzer 


Tel.: (27) 3347-5698
E-mail: idoso@saude.es.gov.br

                                                                                                           

 MATERIAIS DE APOIO