Novembro Azul: Homem de atitude cuida da saúde

29/10/2021 11h51 - Atualizado em 10/11/2021 13h36

O mês de novembro é dedicado a campanha Novembro Azul, que tem como objetivo alertar os homens sobre a importância de cuidar da saúde. Nesse período, a Secretaria da Saúde (Sesa) promove a conscientização sobre a importância de um comportamento de autocuidado com a saúde do corpo e da mente.

Segundo o médico e subsecretário de Estado de Planejamento e Transparência da Saúde, Tadeu Marino, durante esse mês, a Sesa não foca somente na prevenção do câncer de próstata, mas de um modo geral na Atenção Primária à Saúde.

“No Brasil, observa-se que os homens não são frequentes nas unidades de saúde, por causa de uma questão cultural. Eles têm uma resistência maior de ir ao médico. Se você perguntar, independentemente da formação escolar e outras características sociais, o autocuidado é algo que os homens têm menos prática do que as mulheres”, disse.

Conforme a Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem (PNAISH) estabelecida pelo Ministério da Saúde, os cuidados ao homem devem ser tratados de forma integral. Durante todo o ano, a Sesa promove ações para prevenção de agravos e conscientização da população masculina.

Alguns exemplos são a implementação do pré-natal do parceiro, que recebe uma consulta com solicitação de exames e futuros encaminhamentos ao acompanhar a gestante; a roda de conversa em Unidades Básicas de Saúde para profissionais da Atenção Primária e com a população privada de liberdade sobre a prevenção de doenças, inclusive, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs); ações nos Postos de Guarda junto à Polícia Rodoviária Federal-SESI-SENAT para entrega dos cartões de saúde do caminhoneiro, bem como verificação de pressão arterial, teste de glicemia, HIV e hepatites; palestras para população masculina de empresas privadas na Grande Vitória na campanha do Novembro Azul.

“Além de ter a organização do Programa de Saúde do Homem, existe toda uma programação e estruturação de programas dos municípios. A unidade é a visão integral de saúde, ela deve ser sentinela, conversar com os homens, trazer o exame e não perder a oportunidade quando ele aparece no serviço de saúde, seja quando for levar o filho para vacinar ou acompanhar a companheira. É preciso combater a questão cultural, por meio da educação, para fazer com que o homem tenha mais autoestima e cuidado com a saúde dele”, frisou Tadeu Marino.

Câncer de próstata

Ao todo, no Estado, foram realizados de janeiro a agosto de 2021, 15.094 procedimentos ambulatoriais de câncer de próstata. Foram feitas: 788 biópsias de próstata; 2.674 ultrassonografias de próstata (via abdominal); e 757 ultrassonografias de próstata (via transretal). Em relação a procedimentos cirúrgicos, foram realizados o total de 343.

De acordo com a Referência Técnica Estadual da Saúde do Homem, Lucimar Ventorin Hamsi, a promoção, prevenção e o diagnóstico precoce ainda são os mais importantes para o combate de todas as doenças prevalentes, inclusive do câncer de próstata. “O câncer de próstata, tem maior prevalência na população masculina da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, entretanto sua evolução é lenta e pode ser diagnosticado no início, favorecendo, assim, um tratamento eficaz e de cura”, explicou a enfermeira.

A obesidade, o estilo de vida e a incidência familiar hereditária são alguns fatores que se somam e podem levar a este tipo câncer. Em sua fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Os sintomas são: vontade de urinar frequente, com dor ou ardor; fluxo urinário fraco ou interrompido; presença de sangue na urina e/ou no sêmen; impotência.

Infarto

A segunda maior causa de mortes entre os homens no Estado está relacionada as doenças do aparelho circulatório. De janeiro a agosto de 2021, foram registrados 551 óbitos; em 2020, foram 857; e em 2019, 832 óbitos. A maioria dos óbitos ocorreu entre homens na faixa etária de 50 a 59 anos.

O infarto é uma doença com causas multifatoriais, ou seja, múltiplas causas, entre elas estão: a hipertensão, diabetes, o tabagismo, colesterol e triglicerídeos elevados, uma vida sedentária e também o histórico familiar.

Segundo o cardiologista do Centro de Especialidades Metropolitano, o CRE Metropolitano, Edilson de Castro Araújo, a principal característica do infarto é a dor no peito caracterizada por uma sensação de peso e que pode se espalhar para o braço e pescoço, entretanto, a população deve se atentar também a outros sintomas.

“Em alguns casos, o paciente pode não sentir essa dor, e ter um quadro sugestivo, como queimação no estômago, vontade de vomitar. E há outras situações em que a pessoa pode ter um infarto e não sentir nada, principalmente, em pacientes diabéticos e os mais idosos. Nestes casos, o infarto pode se manifestar como um cansaço, uma falta de ar ou sudorese”, informou o cardiologista.

Levar uma vida com hábitos saudáveis de alimentação, prática de exercícios e cuidados é essencial, tendo a mudança de estilo de vida tida como a principal atitude que o paciente pode tomar para se prevenir.

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Estagiária: Júlia Paranhos